São, assim, de relevar as suas contribuições seguintes:

Como Instrutor e primeiro responsável pela Escola de Aeromodelismo que, com o apoio da DGAC, o CAL fazia funcionar todos os dias úteis da semana na suas instalações.

Os alunos construíam, em primeiro lugar, um planador desenhado por Carvalho Marques e tinham aulas teóricas e práticas de campo. Mais tarde, ingressavam no chamado Curso Avançado, em que construíam modelos mais elaborados e participavam já em torneios oficiais.

Esta Escola foi inaugurada em Janeiro de 1953 e, no ano seguinte, contava com 25 inscrições.

A partir de 1954, e ininterruptamente durante 5 anos, Carvalho Marques faz parte do Corpo de Direcção do CAL, ocupando o lugar de Vice-Presidente. Dá apoio a todas as tarefas de retaguarda, muito particularmente aos aspectos organizativos, área em que dava gosto vê-lo actuar, dada a sua natural tendência para fazer tudo com método. De todos era, sem dúvida, o mais metódico. O seu apoio vem, assim, na linha da organização dos meios, da preparação de provas, da promoção da modalidade e da colaboração no Boletim do Clube como articulista e gráfico.

Faz parte, em 1957, da Comissão Executiva da I Quinzena de Aeromodelismo colaborando activamente e com o maior entusiasmo nas acções de promoção, na construção de modelos para demonstrações, na concepção e execução de painéis, desenhos e gráficos para a grande exposição no Palácio Foz e, posteriormente, como instrutor dos alunos que se inscreveram por altura das demonstrações de voo circular realizadas no âmbito da Quinzena.

Além destas contribuições relevantes, Carvalho Marques é um dos homens da primeira hora.

Integra a célebre equipa do CAL que, no seu primeiro ano de vida, obteve, no IV Nacional realizado no Porto, um rotundo êxito, batendo meia centena de experimentados praticantes do Norte. Carvalho Marques, nessa prova, consagra-se campeão nacional de Planadores com um resultado excelente.

Ainda em 53, inaugura a “Pauta das melhores marcas conseguidas pelos sócios do CAL” com o tempo de 1’17” obtido pelo seu Nesselbeck, no I Torneio Intersócios de Planadores, realizado em 1 de Fevereiro de 1953.

Em 1956, representando Pereira Baptista no II Campeonato Ibérico realizado em Madrid, arranca o 1.º lugar em Planadores.

Em 1960, chefia a equipa portuguesa ao VI Ibérico, que se realizou em Barcelona e, em 1963, chefia também a equipa portuguesa, mas desta vez ao Campeonato do Mundo de Voo Livre, que teve lugar em Wienner Neustadt, na Áustria.

Nos anos seguintes, o seu contributo ao Clube e ao Aeromodelismo continuou vivo e intenso, quer fazendo parte dos Corpos Directivos, quer concorrendo e continuando a arrastar muitos jovens para a prática desta cativante modalidade.

Hoje, está ainda de boa saúde e com muito bom parecer, mas agora só o vemos nos jantares comemorativos…